Os jogos AAA tem exigido cada vez mais dinheiro para entregarem a visão completa dos desenvolvedores. Isso é algo que tem incomodado o criador de Ori e fundador do Moon Studios, Thomas Mahler, que critica a falta de inovação dessa geração, mesmo com produções caríssimas.
Depois de assistir um podcast do Digital Foundry, onde uma discussão sobre o futuro dos consoles foi feita, Mahler, como desenvolvedor, expressou seu ponto de vista nesta questão.
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O desenvolvedor critica os jogos da atual geração também, e afirma que eles poderiam muito bem ser lançados para PS4 e Xbox One, já que não trazem nenhuma inovação relevante.
“Parem de gastar centenas de milhões de dólares criando assets que demandam uma insana quantidade de trabalho”, tuitou.
Eu não acho que os jogadores realmente se importam tanto sobre ver cada poro e cada espinha meticulosamente modelados e pintados nos personagens.
Thomas Mahler
Ele reforça que visuais são importantes e isso é algo que se destaca entre os jogos do Moon Studios, como Ori e o novo game No Rest for the Wicked. Mas Mahler deixa claro que o foco do estúdio é em direção de arte, “ao invés de gastar uma quantidade insana de recursos em assets singulares”.
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“Nosso orçamento para arte é naturalmente muito menor do que um típico estúdio AAA gasta em arte, mas os jogadores, geralmente, amam o visual dos nossos jogos. Se produzimos o mesmo sentimento com um orçamento para arte 10x menor do que o seu, você deve se fazer algumas perguntas”, adiciona.
O criador de Ori termina esse tópico dizendo que a maior parte dos estúdios grandes “gastam mais tempo e dinheiro em visuais chiques, do que em gameplay chique”. “Eu acho que as prioridades aqui estão de cabeça para baixo”.
Indústria parada há duas décadas
Thomas Mahler também critica a falta de inovação em controles, dizendo que os designs são os mesmo de 20 anos atrás. “Eu vejo só a Nintendo inovando nesse aspecto”, lembrando a inovação com o Nintendo 64 e o analógico para jogos 3D, seguido da Sony anos depois com dois analógicos.
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Algo que também já está bastante datado e desgastado para o criador de Ori é como são tratados os NPCs e inimigos nos jogos modernos. Para ele, isso ainda funciona como há duas décadas, assim como os controles.
“NPCs, na maioria das vezes, ainda são os mesmos de 20 anos atrás. Aqui tem um NPC, ele aparece em um ponto particular do mundo e diz uma fala ou duas e então repete essas falas. Depois de alguns eventos, o mundo muda, o NPC agora tem novas falas”, critica.
“Os inimigos também ainda agem como há 20 anos. Ainda usamos a mesma árvore de comportamento velha e IA bem simples para configurar os comportamentos de inimigos”. Ele complementa dizendo que é hora de adicionar IA que faça com que esses personagens façam “coisas lógicas”.
E você, concorda com as críticas do criador de Ori? Comenta aí.
Fonte: X/Twitter
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