Conhecida por assumir os capítulos recentes de Life is Strange, o estúdio Deck Nine parece manter um clima interno bem diferente daquele visto em suas obras. Uma reportagem divulgada pela IGN revela que o estúdio tem uma cultura tóxica, marcada por abusos e tentativas de inserir simbolismos nazistas dentro de seus produtos.
Consultando mais de uma dúzia de funcionários atuais e ex-colaboradores, o site afirma ter ouvido relatos de abuso sexual, bullying, transfobia e outros comportamentos abusivos. Enquanto a gerência da desenvolvedora está ciente dos acontecimentos, ela demora a responder — o que geralmente acontece de forma inadequada.
A reportagem também revela que o time narrativo da Deck Nine é alvo constante de provocações de outros departamentos. Um dos maiores responsáveis por isso seria o chefe criativo Zack Garris, que é acusado de “violar barreiras pessoais” de funcionárias mulheres e de participar de situações nos quais agrediu verbalmente quem discordou de suas decisões.
Liderança da Deck Nine ajudaria no clima desagradável
A IGN revela que, após vários embates com a equipe narrativa, Garris teria se afastado dela e passado a trabalhar sozinho em mudanças de roteiro. Isso teria acontecido após ele ter sugerido a inclusão de várias cenas consideradas constrangedoras em Life is Strange: True Colors e atuado para remover um personagem transsexual da trama.
Em resposta ao site, ele afirmou que “nunca trabalhou com roteiristas que fossem tão criativamente inflexíveis, antagonistícos em relação a diferenças ou menos inclinados a se comprometer” quanto seus colegas. Segundo ele, o trabalho feito por outros em True Colors era tão ruim que ele teve que interferir para evitar que o game fosse cancelado.
Garris deixou a Deck Nine de forma voluntária, mas isso só aconteceu após vários registros de reclamações. O profissional voltou a colaborar com o estúdio depois disso, o que fez com que vários de seus roteiristas decidissem pedir demissão. A reportagem da IGN também revela que a principal reclamação em relação à liderança do estúdio é sua lentidão em tomar qualquer medida diante de problemas.
Segundo a portagem, os comandantes do estúdio nunca reagiram ao fato de que um desenvolvedor estava inserindo símbolos nazistas em True Colors. Eles afirmaram que iriam contratar um advogado para tratar da situação e fazer treinamentos contra mensagens de ódio, mas isso nunca aconteceu.
O site também aponta que a Square Enix também colaborou para o ambiente problemático, atuando de forma bastante tóxica em seu relacionamento com a Deck Nine. Além disso, a publicadora teria sido hostil em relação aos temas do jogo, afirmando que não queria que a série ficasse conhecida como “o jogo gay”, só tratando da sexualidade de sua protagonista quando isso começou a ser elogiado por críticos.
Fonte: IGN
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