Quando o assunto é adaptar games para outras mídias, ainda é comum ter que ficar um pouco com o pé atrás quando um projeto do tipo é anunciado. Adaptações que não respeitam universos, regras ou personagens amados pelos fãs ainda são comuns, gerando dúvidas sobre o motivo de eles terem sido aprovados. Felizmente, Fallout não cai em nenhuma dessas armadilhas.
Produzida pela Amazon MGM em parceria com a Kilter Films, a série que chega nesta quarta-feira (10) ao catálogo da Prime Video mantém os elementos mais importantes da franquia e conta uma história coerente e com ótimos personagens. Parte da cronologia oficial estabelecida pela Bethesda, ela mostra que, nas mãos certas, a série tem muitas oportunidades a explorar.
A convite da desenvolvedora, tivemos a oportunidade de conferir antecipadamente todos os oito episódios da primeira temporada. Enquanto nem tudo é perfeito, o resultado final é bastante agradável e deixa o desejo de conferir o quanto antes a segunda temporada, que já teve sua produção confirmada.
Fallout traz novo trio de protagonistas
A adaptação conta a história de Lucy MacLean (Ella Purnel), Maximus (Aaron Moten) e The Ghoul (Walton Goggins), trio de protagonistas que nem sempre trabalham juntos ou estão do mesmo lado da história. Enquanto todos têm um bom tempo de tela, Lucy pode ser considerada a “principal protagonista” de certa forma, dada a importância de seu arco pessoal.
Uma moradora do Vault 33, ela é obrigada a sair para o mundo exterior após seu casamento ser estragado pelo grupo comandado por Lee Moldaver (Sarita Choudhury). A vilã não somente mata outros habitantes do abrigo, como também sequestra Hank (Kyle MacLachlan), pai de Lucy e principal liderança da comunidade.
Em suas primeiras explorações no exterior, a personagem conhece o cientista Siggi Wilzig (Michael Emerson), que fugiu de seu próprio Vault carregando um segredo importante e o cão CX404. Ele é o personagem responsável por reunir os protagonistas da trama, virando o alvo de uma recompensa para quem conseguir capturá-lo vivo ou morto.
Isso atrai a atenção de The Ghoul, que é revivido com o objetivo de caçar o prêmio oferecido, e da Brotherhood of Steel, da qual Maximus é um aprendiz. Não demora muito para que todos os personagens se encontrem, estabelecendo animosidades e amizades que vão resultar em momentos de ação, risadas e algumas reviravoltas bastante interessantes.
Série acerta no tom
Sem entrar em spoilers da história, é possível afirmar com calma que seu principal mérito é conseguir capturar muito bem o espírito dos jogos. Enquanto os primeiros capítulos parecem um tanto apressados para estabelecer a base da trama, os demais conseguem trazer um bom desenvolvimento de personagens e do universo da franquia.
O que fica claro logo de cara é que Fallout faz parte de um universo violento, no qual a luta pela sobrevivência é sempre a ordem do dia. Essa premissa resulta em cenas de ação com níveis de violência gráfica bastante intensos e com boas doses de humor, lembrando em muitos momentos as melhores cenas de The Boys, outra adaptação da Amazon.
Também ajuda muito no fato de que a plataforma de streaming soube inserir momentos nos quais a trama pode respirar um pouco. Embora ela trate de perseguições e corridas contra o tempo, os episódios também têm espaço para conhecermos figuras bizarras (como um médico que promete vender a cura para tudo) ou simplesmente inusitadas.
Alternando entre cenas do presente e do passado, a trama consegue criar a tensão necessária para querermos continuar vendo os próximos episódios e descobrir mais sobre seus personagens. Enquanto o final traz um cliffhanger e não traz todas as respostas que queremos, a temporada acaba de uma forma satisfatória e que dá a sensação de que acabamos de ver um bom arco introdutório.
Entre várias atuações muito boas (e algumas participações especiais), dois nomes merecem destaque: Purnell e Goggins. Enquanto a primeira cria uma Lucy convincente em sua inocência, o intérprete de The Ghoul consegue criar um personagem repleto de camadas dramáticas, que só fica mais interessante conforme a série progride.
Trazendo eventos que prometem ser bastante relevantes para o futuro da franquia, a série funciona mesmo para quem não acompanha muito o universo comandado pela Bethesda. Caso você goste de séries com humor, ação e bons personagens, vale a pena assistir pelo menos os dois primeiros episódios de Fallout antes de chegar um veredito — as chances de você querer ir até o final são bastante grandes.
Fonte: Amazon Prime Video
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