REVIEW | ZOTAC RTX 4090 AMP Extreme AIRO – Alto desempenho em uma placa gigante – Wg Android

REVIEW | ZOTAC RTX 4090 AMP Extreme AIRO – Alto desempenho em uma placa gigante

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Recebemos para review / análise uma placa de vídeo ZOTAC RTX 4090 AMP Extreme AIRO, modelo topo de linha da empresa baseado no chip gráfico de maior desempenho da NVIDIA, placa estreante da microarquitetura Ada Lovelace e nova “rainha da montanha” do mundo das GPUs para gamers e entusiastas.

As placas RTX 40, codinome Ada Lovelace, introduzem a nova microarquitetura da TSMC 4N em 5nm, aprimoram os núcleos RT, trazem mais cache L2 e tem como grande destaque a introdução do suporte ao DLSS 3, capaz de gerar quadros inteiros através de AI. A placa também apresenta um salto de eficiência de 2x, podendo incrementar a performance em 4x ou mais em games com o uso intensivo de Ray Tracing devido a maior eficiência dessa placa para lidar com essa tecnologia.

A GeForce RTX 4090 tem formato gigante e especificações bem superiores a geração anterior

Link de compra de placas GeForce RTX 4090 na Kabum

Site oficial da ZOTAC RTX 4090 AM Extreme AIRO

A AMP Extreme AIRO é uma placa de vídeo com um projeto extremamente arrojado e um design muito diferenciado, que deve agradar quem está buscando uma placa de vídeo de altíssimo desempenho e também um hardware para um setup com uma aparência diferenciada. Ela combina linhas bastante curvas, diferenciando-se bastante do formato mais reto da maioria das rivais, que combinada com um sistema de LEDs traz um visual bem futurista. Para fazer bom uso do chip RTX 4090, ela traz um projeto robusto de alimentação de energia e estabilidade combinado com o IceStorm 3.0, que conta com 3 fans 50% maiores e heatpipes até 30% mais espessos comparados à geração anterior.

No momento que escrevemos essa análise, não encontramos um modelo da AMP Extreme AIRO para venda no Brasil, sendo que a Nvidia posicionou a RTX 4090 com o preço sugerido de R$ 14 mil. Esse é o mesmo preço que a RTX 3090 Ti ainda é encontrada no mercado brasileiro, enquanto a placa mais potente da AMD, a Radeon RX 6950 XT, é vendida por valores na casa dos R$ 7 mil. A competição direta, porém, ainda está por vir: dia 3 a AMD irá apresentar a série Radeon 7000.


RTX 40 Ada Lovelace

A linha RTX 40 é a terceira (a quarta se contarmos o refresh das RTX 20 Super) geração da filosofia heterogênea da Nvidia com o foco em viabilizar o Ray Tracing em tempo real. Isso quer dizer que além das estruturas “faz tudo” dos shadders tradicionais, introduzidos há mais de 20 anos pela própria Nvidia e hoje um padrão da indústria de chips gráficos, há também estruturas especializadas em outras funções presentes nos chips GeForce RTX 40.

A microarquitetura Lovelace promete o dobro de performance por watt consumido, com saltos que podem chegar a 4x com o novo DLSS

Começando pelas estruturas mais tradicionais dos Stream Multiprocessors (SMs), os shadders – ou como a Nvidia chama, os núcleos CUDA – foram otimizados e agora são capazes de entregar até o dobro de performance por watt consumido, comparado ao que estava disponível nas placas baseadas na microarquitetura Ampere (RTX 30). Nessas estruturas uma das modificações mais relevantes é o aumento no cache L2, com uma RTX 4090 entregando 72MB de cache nível 2, enquanto a RTX 3090 Ti trazia apenas 6MB

O grande avanço da geração Lovelace para os “bons e velhos” shadders é a introdução do Shader Execution Reordering (SER), algo que fica como reordenamento de execução dos shadders em uma tradução livre para o português. De acordo com a Nvidia, essa nova tecnologia terá um impacto tão relevante quando a computação assíncrona foi nos processadores. Com ela, a placa de vídeo poderá modificar a ordem que realiza etapas de processamento gráfico, agrupando instruções de forma a serem executadas mais eficientemente. O grande beneficiário dessa tecnologia é o processamento de traçado de raios, que de acordo com a Nvidia acontecerão 3x mais rápido e resultaram em um aumento na taxa de quadros de 25%.

Outra estrutura atualizada são os núcleos RT, porção do chip gráfico GeForce dedicado a acelerar processos do traçamento de raios de luz. A especialidade desse componente é fazer o cálculo das interseções dos raios, desenhando a direção que um feixe de luz tem ao colidir com um objeto, mudar sua trajetória e enfim chegar ao observador. Os núcleos RT da terceira geração que equipam as RTX 40 conseguem entregar o dobro desses cálculos comparado às GeForce RTX 30, gerando o dobro de RT-FLOPS.

Melhorias da arquitetura trazem saltos mais significativos em games com Ray Tracing, e viabilizam um uso mais intensivo dessa tecnologia, com mais raios sendo calculados e uma cena mais realista

Esses núcleos de Ray Tracing também incorporaram um novo Opacity Micromap (OMM), ou micro-mapa de opacidade em tradução livre, que acelera o processamento de estruturas como folhagem e cercas, enquanto o DMM Engine consegue fazer de forma 10x mais rápida o processo do bounding volume hierarchy (BVH) com uso 20x inferior de armazenamento. Tudo isso somado viabiliza saltos superiores a 2x em cenários de uso intensivo de Ray Tracing, quando comparamos uma placa baseada em Ampere (RTX 30) com uma Ada Lovelace (RTX 40).

Mas a iniciativa mais ousada nas RTX 40 é feita com os núcleos tensores. Essas estruturas são especializadas em cálculo de matrizes, e isso torna elas extremamente eficientes para inferência e aprendizado da máquina. A principal novidade é uma maior dispersão de dados, conseguindo atingir as respostas corretas com um menor número de cálculos, introduzindo com as Ada Lovelace as instruções em um novo formato de dados FP8. Comparado ao FP16 usado em gerações anteriores, as RTX 40 usam metade do espaço de armazenamento e entregam o dobro de instruções em AI, fazendo uma RTX 4090 entregar o dobro de poder de processamento que uma RTX 3090 Ti, por exemplo. Isso é parte do hardware necessário para a nova versão do DLSS, mas esse assunto vai precisar de um tópico próprio, por ser a grande inovação das RTX 40.

O Nvidia DLSS3
Até a versão 2.1 do DLSS, a Nvidia utilizava essa tecnologia como uma forma de aumentar a performance do sistema da seguinte foram: o frame é renderizado em uma resolução inferior a final, economizando recursos do sistema e entregando um novo quadro mais rapidamente. Então os núcleos tensores e sua capacidade de AI preenchiam os pixels faltantes para entregar a resolução final, fazendo correções ao longo do caminho como aumento de nitidez e melhoria do serrilhado da imagem. Versões mais modernas do DLSS passaram também a aproveitar informações dos motion vectos, o deslocamento dos vetores, entendendo para onde cada objeto da cena estava se movendo, e melhorando o nível de acerto e qualidade gráfica da imagem.

A série 40 das GeForce dá um passo extra mais ousado. Ao invés de complementar a imagem, o DLSS 3 passará a fazer quadros inteiros por conta própria, o Optical Multi Frame Generator, ou gerador de multi quadros óptico, em uma tradução livre. E para isso, traz uma estrutura: o Optical Flow Accelerator, ou o acelerador de fluxo óptico, em tradução livre. Esse hardware tem a capacidade de analisar uma cena e entender qual a direção que os objetos na tela estão realizando, processando o sentido do movimento de cada pixel de um quadro para o próximo.

Esse recurso não é novo, sendo que desde as Turing (GTX 16 e RTX 20) a Nvidia já inclui o recurso em suas GPUs. A diferença é que as RTX 40 possuem um sistema muito mais aprimorado de leitura do movimento dos pixels entre quadros, para entregar uma informação mais rápida e precisa sobre pra onde “cada coisa vai” na imagem.

Com essa informação adicional, vem o salto do DLSS 3: usando a progressão dos dois quadros anteriores, as placas de vídeo RTX 40 podem criar um terceiro quadro unindo a posição de pixels anteriores com o seu deslocamento indicado pelos Acelerador de Fluxo Óptico, tudo “temperado” com decisões tomadas pelos núcleos tensores treinados pelo machine learning da Nvidia. A partir daí, o ciclo de produção de quadros passa a intercalar um quadro feito de forma tradicional com o motor do jogo, e outro gerado exclusivamente pelo DLSS.

O DLSS 3 passa a gerar quadros inteiros via AI para aumentar os fps do game

Isso muda enormemente a taxa de quadros, já que vários dos processos mais pesados, como Ray Tracing, não são nem realizados no frame gerado pelo DLSS 3. Outros potenciais gargalos, como cenários CPU bound (limitados pelo processador) também podem ser beneficiados, já que os frames adicionais criados pelos núcleos tensores não demandam performance de processador. 

O maior problema de ter uma imagem que não usa o motor do jogo é que esse frame não tem informações do gameplay do jogador, ou seja, aumentaria o intervalo entre a ação do gamer e o efeito ser exibido na tela, uma latência que faz o jogo não parecer responsivo. Para tentar mitigar esse efeito a Nvidia incorporou o Nvidia Reflex, uma série de otimizações que buscam reduzir ao mínimo os atrasos nas etapas de renderização, tentando entregar o menor intervalo possível entre a realização de um comando e o seu efeito na tela. 

O Gerador de Multi Quadros Óptico não será útil em todos os jogos. Games que já estão rodando em altas taxas de quadro, como 100fps ou mais, não devem ser um bom cenário de uso para a tecnologia, já que o intervalo entre quadros já está em poucos milissegundos, gerando pouca oportunidade para o DLSS 3 melhorar mais a experiência de gameplay interpolando mais frames. Seu ponto forte será em cenários entre os 20 a 60fps e que envolvem filtros extremamente pesados, especialmente uso intensivo de Ray Tracing, onde o salto de performance pode chegar a 5x.

NVENC atualizado com AV1 para gravação e Streaming
As GeForce RTX 40 também trazem um incremento relevante para quem gosta de fazer lives ou gravar seus gameplays. O NVENC de oitava geração que equipa as placas Ada Lovelace foi atualizado com um novo motor composto por dois codificadores de vídeo trabalhando em paralelo, com cada um fazendo metade do quadro e por fim enviando um stream 2x mais rápido do que a tecnologia presente nas placas antecessoras.

Além do hardware mais potente, a geração RTX 40 também introduz nas GeForce o codec AV1. Como já detalhamos nesse artigo, o AV1 é um padrão muito mais eficiente, conseguindo comprimir mais a imagem que o H.264 usado anteriormente no NVENC, e possibilitando ou melhorar a qualidade de imagem sem aumentar a largura de banda consumida, ou manter o mesmo nível de qualidade demandando menos da conexão com internet.

Com os dois motores de codificação operando em paralelo, o NVENC também ganhou mais versatilidade. Com os dois operando em conjunto, é possível codificar um vídeo em [email protected], porém o NVENC de oitava geração das RTX 40 também pode ser usado de forma paralela, dando conta da codificação de 4 vídeos em [email protected] em paralelo.

NVENC foi atualizado e agora suporta o AV1, além de dar conta de [email protected] ou quatro vídeos em [email protected] em simultâneo


A RTX 4090

A geração Lovelace estreia com três modelos de chips e também três modelos comerciais. O primeiro a ser lançado é o AD102 que irá compor a GeForce RTX 4090, seguido das AD103 e AD104, que irão equipar respectivamente as RTX 4080 16GB e RTX 4080 12GB, todos feitos com o processo 4N da TSMC em uma litografia de 5nm.

A GeForce RTX 4090 e o chip AD102 é “uma besta” computacional, chegando a 1TB/s de largura de banda em seus 24GB de memória GDDR6X e equipada com 72MB de memória cache de nível 2 (L2 cache), um incremento de 12x sobre o valor presente na RTX 3090 Ti. Ao total, esse chip comporta 16.384 núcleos CUDA e 128 SMs, um incremento de mais ou menos 60% sobre o que estava disponível na RTX 3090 Ti. 

Os clocks também estão mais agressivos, com o boost na casa dos 2500MHz e podendo bater os 3000MHz com overclock, de acordo com a Nvidia. Em comparação, as placas da série RTX 30 tinham um boost na casa dos 1800MHz e não ultrapassavam muito da casa dos 2100MHz em um OC doméstico. Seu consumo se mantém na casa dos 450W requeridos na RTX 3090 Ti, tornando necessário o uso ou de três conectores de 8 pinos ou o uso de um cabo do novo padrão PCIe 5.0 / ATX 3.0.


Zotac RTX 4090 vs GeForce RTX 4090 vs GeForce RTX 3090 Ti vs Radeon RX 6950XT

Abaixo tabelas comparativas da placa analisada com outros modelos concorrentes:

Comparativo

Preços

Especificações da GPU

Especificações das Memórias

Características Gerais

Design

Recursos


Fotos da gigantesca ZOTAC RTX 4090 AMP Extreme AIRO

Como já falamos na review do modelo referência, para quem acha que “tamanho não é documento”, as placas com GPU NVIDIA GeForce RTX 4090 chegam para provar que em alguns casos tamanho é documento. A Zotac lançou suas placas com esse GPU com um sistema de cooler bem grande, e diferente de boa parte das fabricantes, com um design buscando linhas mais arredondadas e não quadradas. Esse visual agrada algumas pessoas, e não tanto outras.

As RTX 40 chegam padronizando o novo conector de energia PCIe 5.0 / ATX 3.0, onde um único cabo alcança 450W. Agora, além das placas Founders, os modelos de parceiros também trazem esse conector, assim como tinha acontecido com os modelos RTX 3090 Ti.

Para não forçar a compra de uma fonte de energia nova, junto com a placa vem um adaptador do conector de energia PCIe 5.0 para nada menos que 4 conectores de 8 pinos. Vale destacar que a fonte de energia recomendada para a GeForce RTX 4080 Founders é de 850W, podendo variar para cima em alguns modelos de parceiros.

Aqui fica também uma dia para evitar de “forçar” o cabo de energia, especialmente próximo do conector da placa de vídeo, porque há alguns casos com problemas relacionados aos cabo, inclusive com ele vindo a “queimar” podendo comprometer até mesmo a placa de vídeo.

Como conexões de vídeo disponíveis, 3x DisplayPort 1.4a e 1x HDMI 2.1, sendo a placa um modelo que ocupa 3 slots PCI-Express.

Nas fotos abaixo colocamos a GeForce RTX 4090 da Zotac ao lado da GeForce RTX 4090 da NVIDIA, placas com mesmo GPU, mas com projetos bem diferentes.

GIGANTESCAS GeForce RTX 4090 não entram em vários gabinetes


Sistema utilizado

Fizemos uma mudança em nossa plataforma de testes de placas de vídeo, agora baseada em um processador AMD Ryzen 9 7950X. Vários outros componentes de alto desempenho acompanham esse sistema, como SSDs NVMe PCIe4 e 32GB de RAM com frequência de 5200MHz.

Antes dos testes, detalhes da máquina, sistema operacional, drivers e softwares/games utilizados nos testes:

Máquina utilizada nos testes:
– Processador AMD Ryzen 9 7950X
– Placa-mãe GIGABYTE X670E AORUS Extreme
– Kit de memórias Kingston FURY Renegade RGB 32GB (2x16GB) 5200MHz
– SSD Kingston Fury Renegade 500GB + 4TB
– Sistema de refrigeração CM MasterLiquid ML360 V2 RGB
– Fonte de energia CM v1300W Platinum
– Gabinete CM MasterFrame 700 Personalizado

Sistema Operacional e Drivers:
Windows 11 Pro 64 Bits
– NVIDIA GeForce 522.xx

Aplicativos/Games:
Adobe Premiere CC 2021 (renderização pela GPU)
SPECviewpeft 13 (Solid Works/Maya, renderização pela GPU)
3DMark (Fire Strike Ultra / Port Royal / DLSS Feature Test)
Assassin’s Creed Valhalla (DX12)
Cyberpunk 2077 (DX12)
– Flight Simulator 2020 (DX11)
Forza Horizon 4 (DX12)
Grand Theft Auto 5 (DX11)
Rainbow Six Siege (Vulkan)
Red Dead Redemption 2 (Vulkan)
Resident Evil Village (DX12)
The Division 2 (DX12)
Watch Dogs: Legion (DX12)

GPU-Z
Abaixo a tela principal do GPU-Z mostrando algumas das principais características técnicas da placa.


Overclock

Overclockamos a ZOTAC GeForce RTX 4090 AMP Extreme AIRO aumentando o clock do GPU para 2380 MHz em modo padrão e 2725 MHz em modo turbo, diferente da referência que ficou em 2435 MHz em modo padrão e 2720 MHz em modo turbo.

Já as memórias subimos de 21GHz para 22.6GHz, mesma frequência que colocamos na placa Founders da Nvidia. Como de costume, não aplicamos uma tensão maior, apenas subimos o máximo do powerlimit da placa.

OBS.: Faça overclock por sua conta e risco. Overclock pode resultar em perda de garantia.


Consumo de energia

Começamos pelos testes de consumo de energia com todas as placas comparadas. Todos os testes foram feitos com o mesmo sistema, o que dá a noção exata do que cada VGA consome. Vale destacar que o valor é o consumo total da máquina e não apenas da placa de vídeo, que da uma noção de quanto um sistema completo consome. Comparações com testes de outros sites podem gerar resultados bem diferentes devido mudanças de sistemas utilizados.

Os testes consistem no consumo mínimo do sistema, quanto ele em modo ocioso após o teste de carga máxima, nesse caso rodando o 3DMark através do modo Fire Strike Ultra.

OBS.: No teste rodando o aplicativo 3DMark, consideramos de 5 a 10W como margem de erro, devido a variação que acontece testando uma mesma placa.


Temperatura

Mais um teste muito importante quando falamos de placas de vídeo, a temperatura do chip. Os testes consistem tanto com o sistema em modo ocioso como em uso contínuo.

É importante destacar que algumas placas possuem sistema que desliga os fans quando a GPU não está sendo exigida, como ao executar tarefas simples do Windows ou mesmo games mais simples. Por isso, existem temperaturas consideravelmente acima de alguns modelos nessa situação, mas que na prática não comprometem a placa. De acordo com as fabricantes, esse recurso aumenta o tempo de vida útil além de consumir menos energia. Sendo assim, podem existir diferenças grandes na temperatura do modo ocioso, o que não caracteriza uma placa ruim caso a temperatura seja alta.

Por que a placa ficou com temperatura menor quando overclockada?
Essa é uma situação normal nas placas atuais. A rotação dos FANs fica mais rápida e consequentemente fazem o GPU resfriar mais rapidamente, em alguns casos com temperatura menor do que em situação normal.

Por que a placa com sistema de cooler referência tem temperatura em modo ocioso menor que uma placa com cooler teoricamente melhor?
Porque placas de vídeo atuais com projetos de cooler mais recentes tendem a desligar os FANs quando a temperatura fica abaixo de números como 40, 45 ou mesmo 50 graus, assim quando os FANs ficam desligados a tendência é que a GPU não baixe a temperatura mais do que o limite que desliga os FANs.

Primeiro vamos ao teste das placas com o sistema em modo ocioso:

Para o teste da placa em uso, medimos o pico de temperatura durante os testes do modo Ultra.

OBS.: As temperaturas podem variar bastante de acordo com a região do país, sistema onde a placa está instalada e teste utilizado.

Abaixo algumas fotos da placa com uma câmera termal da Flir:


Aplicativos

Com o aumento de aplicativos que tiram proveito do poder de processamento de GPUs, atualizamos nossa bateria de testes com alguns dos softwares mais importantes do mercado.

Adobe Premiere CC 2021
O Premiere da Adobe é referência mundial quando falamos em software para edição de vídeos, e que em suas últimas versões também tem aproveitado do benefício dos GPUs para ajudar a acelerar a renderização. Abaixo o comportamento das placas comparadas:

SPECviewperf 20
A suíte de testes de aplicativos profissionais é composta por uma bateria abrangente de cenários que envolvem intenso uso de hardware para renderizar diversos usos, desde arquitetura, mineração e medicina. Rodamos dois testes, um com foco em performance em Maya e outro em SolidWorks.


3DMark

E se falamos em benchmarks, não poderíamos deixar de fora um dos mais icônicos testes do mundo, especialmente para desempenho de placas de vídeo, o 3DMark. Nossa bateria consiste em três testes, porém 2 deles mostram tecnologias que apenas modelos mais recentes de placas trazem, Ray Tracing (Port Royal) e DLSS (DLSS Feature Test).

Rodamos a versão mais recente do aplicativo da UL Benchmark (que comprou a Futuremark), sendo que todos os testes consideram a configuração padrão do perfil, sem mudanças. Abaixo, os resultados:


Testes em games

Agora vamos ao que realmente importa: os testes de desempenho em alguns dos principais games do mercado.

Para ajudar a entender os gráficos a seguir: acima de 60fps é o ideal para monitores que operam nessa frequência. Quanto mais próximo dos 30fps, pior vai ficando a fluidez e, abaixo dos 30, o jogo começa a ficar “não jogável”

Assassin’s Creed Valhalla
Game de mundo aberto tem amplos cenários e um benchmark com boa quantidade de personagens e estruturas, tornando um desafio tanto para o processador quanto para a placa de vídeo. O jogo usa o motor Ubisoft Anvil, uma evolução do AnvilNext 2.0 presente na série desde o Assassi’ns Creed Unity. A versão usada em Valhalla no PC é baseado na API DirectX 12.


Cyberpunk 2077
O sucesso de vendas mas desastre de críticas da CD Proejct RED tem como destaque o uso amplo de diversas tecnologias como o FidelityFX da AMD e tanto o DLSS quanto o Ray Tracing acelerado por hardware Nvidia RTX. No teste corremos pelas ruas movimentadas de Night City, tornando desafiante o trabalho tanto do processador quanto da placa de video, e trazendo esforço redobrado para a placa de vídeo quando o traçamento de raios de luz está habilitado.


 

F1 2022
O novo simulador de voo da Microsoft chegou com um hype imenso e logo se tornou uma referência quando se trata de gráficos de alta qualidade, com cenários incríveis beirando a realidade em vários momentos, ideal para ver o comportamento de placas de vídeo. Apesar de ser um game recente e da Microsoft, a API utilizado ainda é DX11.


Flight Simulator 2020
O novo simulador de voo da Microsoft chegou com um hype imenso e logo se tornou uma referência quando se trata de gráficos de alta qualidade, com cenários incríveis beirando a realidade em vários momentos, ideal para ver o comportamento de placas de vídeo. Apesar de ser um game recente e da Microsoft, a API utilizado ainda é DX12.


Grand Theft Auto V
O jogo já é um clássico e após anos ainda segue firme como um dos games mais jogados. Baseado em DirectX 11, ele também traz uma noção de motores gráficos mais antigos baseados na ainda popular API da Microsoft. É um teste bastante exigente em processador, e memórias mais rápidas também tem impactos bastante perceptíveis. Para as palcas de vídeo modernas, já não é um grande desafio.


Horizon Zero Dawn
O game da Sony Interactive Entertainment , lançado para Playstation 4 e posteriormente para PC, como pontos altos o uso do hardware e da em sua implementação mais recente do DirectX12. Sendo esse um jogo de mundo aberto e campanha com seu principal destaque a qualidade gráfica demandando muito da GPU.


Rainbow Six Siege
O game da Ubisoft tem como pontos altos o uso da API de baixo nível Vulkan em sua implementação mais recente. Esse Esport demanda altas taxas de quadros para ser jogado de forma satisfatória, e costuma ser um dos games mais eficientes em alcançar esse desempenho em múltiplos componentes.


Red Dead Redepmtion 2
Game da RockStar, com belíssimos gráficos é uma boa referência para medir o comportamento das placas de vídeo. Nosso teste considera o game rodando sobre a API Vulkan, que se comporta muito bem tanto em placas AMD como NVIDIA.


Watch Dogs: Legion
O game da Capcom usa a excelente RE Engine, motor gráfico que entrega resultados interessantes desde os hardwares high-end do PC quanto plataformas mais limitadas como o Nintendo Switch. O Resident Evil 8 traz como destaque cenários complexos e ricamente detalhados, com uso de Ray Tracing na iluminação dos cenários e com recursos como o FidelityFX disponíveis. Nos testes fazemos uma volta pelo Castelo Dimitrescu, uma das localidades mais pesadas e detalhadas do game.


 

Watch Dogs: Legion
Game apoiado pela Nvidia é baseado no motor gráfico Disrupt e tem um amplo uso de tecnologias RTX, como o DLSS, e também possui o Ray Tracing, sendo acelerado tanto por hardware GeForce RTX quanto Radeon RDNA 2. Seu principal destaque é uma Londres futurista repleta de geometria e personagens, o que combinado com os efeitos de traçamento de raios de luz tornam um desafio e tanto rodar o game.


Gameplay em vídeo


Conclusão

Como já é comum em análises dos últimos anos das placas GeForce, os modelos apresentam pouca variação entre si, especialmente desde que o projeto Founders Edition se tornou mais robusto. Comparado com o projeto referência da Nvidia, a ZOTAC AMP Extreme AIRO entrega essencialmente o mesmo nível de performance, com variações de 5% em favor de uma ou outra, em diferentes testes.

Algo que impressiona no projeto da ZOTAC é o quanto ela opera gelada e silenciosa. Em geral, ela não passa dos 65ºC a maior parte do tempo, isso com uma rotação de fans lenta e uma produção inexistente de ruído, praticamente. Esse projeto robusto dá margem seguras para tentar o overclock, com a temperatura tendo ainda se mantido abaixo dos 70ºC mesmo depois de nosso leve aumento nas frequências de operação, que trouxeram um ganho entre 5 a 8%. 

Algo que vem impressionando desde o final da série RTX 30, e que se intensificou com as RTX 40, é o porte das placas, e a ZOTAC AMP AIRO segue essa tendência. É preciso ser muito cauteloso com o gabinete que irá usar ela, pois há altas chances de ela não encaixar mesmo em gabinetes de porte intermediário. Os requisitos também são muito altos para a alimentação de energia, sendo que você precisa cuidar para ter uma fonte com o novo conector PCIe 5.0, o 12VHPWR, ou uma fonte com quatro cabos PCIe de oito pinos, algo que não é qualquer fonte que fornece.

Com performance para sobrar em 4K/Ultra/120fps, e potencial de ir ainda mais longe com tecnologias como o DLSS 3, não há dúvidas que desempenho não falta, e também não é uma surpresa para ninguém que o maior problema desse produto é seu custo. Mesmo os modelos mais modestos da RTX 4090 são encontrados por R$ 11 mil, então esse modelo da análise deve ser encontrado por valores ainda mais elevados devido seu projeto mais robusto. É uma placa impressionante e muito bem dimensionada para extrair tudo e ir além com o chip GeForce RTX topo de linha, mas vai ser preciso encarar um preço e tanto para comprá-la.

PRÓS
4K a 120fps com muita facilidade
Muito mais capaz de encarar games com Ray Tracing
Suporte a AV1 e 2x [email protected] e [email protected] na codificação
DLSS 3 traz 2x de performance
Placa extremamente silenciosa e fria
Visual diferenciado e futurista
CONTRAS
Design enorme pode não caber em muitos gabinetes
Não atualiza conexões para o DisplayPort 2.0 ou PCI-Express 5.0



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