Análise técnica do Spider-man 2: enfim colocando todo o Playstation 5 pra trabalhar! – Wg Android

Análise técnica do Spider-man 2: enfim colocando todo o Playstation 5 pra trabalhar!

Recebemos antecipadamente para testes o novo título exclusivo do Playstation 5, Marvel’s Spider-Man 2, que chega dia 20 para o console da Sony. O game mostra a evolução que uma mesma equipe (Insomniac Games) fazendo o mesmo jogo pode alcançar graças a novas possibilidades do hardware da atual geração de consoles.

Nós já vimos os games do “miranha” sendo trazidos para hardwares mais recentes, com as versões remasterizadas do Marvel’s Spider-Man adicionando alguns recursos sobre a versão de Playstation 4, e também Marvel’s Spider-Man: Miles Morales possuindo versões para tanto a nova quanto a antiga geração.

Mas Spider-Man 2 tem um diferencial importante: ele não precisa mais se preocupar com as limitações da geração passada, e isso faz com que seja intensificadas as mudanças gráficas e, principalmente, de gameplay, comparado ao que precisava ser feito para ser compatível com o antigo hardware do Playstation 4.

Uma das principais diferenças no novo jogo é a velocidade. Os combates são muito mais ágeis e com movimentos mais amplos, uma decisão artística e de jogabilidade da Insomniac, mas parte dessa velocidade tem a ver com o novo console.

Por conta da velocidade de carregamento de texturas e elementos, a velocidade de deslocamento do Homem-Aranha precisa ser limitada nos dois games anteriores, algo que formou a experiência base que acabou sendo também implementada mesmo nas versões para Playstation 5. Com Spider-man 2 não há esse tipo de preocupação, e uma nova mecânica pode ser introduzida: agora você pode planar em túneis de vento formado entre prédios de Nova Iorque, tornando o deslocamento extremamente mais rápido que o disponível anteriormente.

Pra quem nem isso basta, dá pra usar um teleport praticamente instantâneo para qualquer lugar do mapa, com uma transição quase imperceptível, mas não recomendo fazer isso nem neste game, nem em qualquer outro com missões paralelas pelo mapa, já que a chance de desperdiçar conteúdo disponível é alta!

Já em gráficos temos outra novidade: agora todos os hardwares – no caso, o único hardware – tem suporte ao Ray Tracing, então Spiderman 2 não é feito em rasterização e depois incluído RT em algumas superfícies. O desenvolvedores podem ter a certeza que algumas superfícies não precisarão das técnicas “meio gambiarra” – reflexos de espaço de tela, mapeamento de cubo, entre outras – e podem usar RT para reflexos realistas, algo que faz muita diferença devido a grande quantidade de fachadas com vidros nos prédios da cidade, longas superfícies com espelhos d’água ou mesmo interiores de construções com acabamentos polidos nas paredes, chão e teto.

Outro elemento importante é o aumento na taxa de quadros. Enquanto o Playstation 4 e 4 Pro estava limitada aos núcleos de processador AMD Jaguar, o que força os desenvolvedores a limitar games de mapas mais amplos a 30fps, o Playstation 5 traz a bem mais eficiente tecnologia Zen2, a mesma dos Ryzen série 3000, e também tem um impulso extra da GPU mais potente baseada em RDNA 2.

Além de viabilizar muito mais pessoas e automóveis pela cidade, o processador mais potente “traz pra mesa” a possibilidade de rodar o game em taxas de quadros mais altas. Para isso ele oferece dois modos: o desempenho, mirando em um gameplay em 60fps, e o fidelidade, focando em 30fps.

No modo desempenho o jogador vai ver a capacidade do Playstation 5 de entregar 60fps de forma bastante estável, resultando em um gameplay muito mais fluido. Essa é uma ótima pedida para um jogo com tanta ação e movimento como Spider-man 2. Mas algumas concessões precisam ser feitas.

No modo fidelidade a taxa de quadros é reduzida para 30fps, mas isso dá margem para o hardware aumentar a qualidade gráfica dos quadros gerados. O primeiro impacto é na resolução, que tem um aumento significativo na quantidade de pixels na tela. O segundo é o uso do Ray Tracing, que passa a incluir mais superfícies e entregar uma resolução mais alta nos reflexos.

Esses dois elementos trazem um impacto grande no visual do game, especialmente para quem estiver jogando em uma tela grande. Mas alternar entre os 30 e os 60fps também é algo impossível de “desver”, então o jogador tem que tomar a ingrata decisão de o que vai priorizar. Depois de várias evoluções que apontamos ao longo do texto, chegamos enfim a limitações do hardware do Playstation 5, e que potencialmente serão superadas em uma eventual versão deste game para PC.

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