Após dois dias de exibição de conteúdos da experiência interativa Silent Hill: Ascension e diversas críticas da comunidade, o CEO da Genvid Entertainment, Jacob Navok, tentou argumentar com o público por meio de um vídeo e nas redes sociais.
O diretor executivo do estúdio foi ao X/Twitter para defender o sistema de microtransações da série, alegando que as “energias” podem ser obtidas gratuitamente de várias formas e que o pagamento não faz com que uma pessoa consiga fazer todas as escolhas sozinho.
“A série é gratuita e as transmissões são 90% do conteúdo. As decisões são de graça para participar”, diz o CEO, defendendo ainda que a equipe está escutando a comunidade e logo trará mais formas de obtenção sem custos de pontos de influência (IP), que é a moeda de participação nas escolhas.
Navok reconheceu ainda que faltou uma melhor comunicação da equipe com o público — o sistema de monetização foi revelado horas antes da estreia — e que o jogo está “muito agressivo” com os conteúdos travados pelo passe de temporada, em especial por vários quebra-cabeças limitados aos assinantes.
Silent Hill: Ascension é “pagar para vencer”?
Outro ponto debatido pelo CEO nas redes sociais foi a questão de o seriado interativo com decisões feitas pela comunidade ser ou não pay-to-win — ou seja, dar poder demais aos pagantes para escolher o que quiserem, enquanto a influência dos usuários com contas gratuitas pouco fariam a diferença.
Segundo o executivo, o pagamento “permite a você economizar tempo” e não é uma forma de mudar sozinha a história, por mais que seja possível aplicar mais IPs se você é um assinante.
“Seria muito, muito difícil para uma única pessoa mudar uma decisão. Se você observar a diferença entre os principais participantes nas tabelas de classificação e os totais dos escolhas, verá que os líderes estão na faixa de 20 a 30 mil pontos, enquanto as decisões em si estão na casa dos milhões. Este é um abismo enorme e é intencional”
Jacob Navok, CEO da Genvid
Ascension estreou na última terça-feira (31) e foi bastante criticado pela interface poluída.
O CEO também prometeu corrigir a questão da moderação, em especial por comentários tóxicos e trolls de parte da comunidade — tanto que o bate-papo foi desabilitado por enquanto, apenas com reações e adesivos liberados.
A experiência interativa também recebeu comentários negativos pela história nada cativante, os gráficos pouco detalhados e as cenas bônus, que envolvem quick time events (QTEs) e foram consideradas pouco responsivas.
A equipe é formada por muitos ex-Telltale, como vocês notaram. Não somos especialistas em monetização e vamos errar. Há uma parte altamente cínica da comunidade que pensa que o objetivo aqui era ganhar dinheiro, enquanto a ideia era disponibilizar o conteúdo o mais gratuito possível. (…) Eu pediria às pessoas, em vez de atacarem a nós e à equipe, que assumissem que temos bons interesses no coração e queremos tornar o produto gratuito, divertido e monetizado da forma mais leve possível, porque esta é a verdade.
Jacob Navok, CEO da Genvid
Na última quarta-feira, a equipe fez ainda um bate-papo em vídeo após a exibição do episódio para defender o sistema de monetização e detalhar mais alguns aspectos do funcionamento do projeto.
Primeiro de vários projetos que revivem a franquia da Konami a ir ao ar, Silent Hill: Ascension pode ser visto e “jogado” tanto no navegador quanto em aplicativos para dispositivos móveis Android e iOS.
Fonte: Eurogamer
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